A 1ª Feijoada Vegetariana Beneficente realizada pelo Instituto Mensageiros do Amanhecer neste sábado, dia 14/12/2013, foi o maior sucesso. Graças a dedicação da equipe de colaboradores, todos o convites foram vendidos e todos os que compraram ficaram satisfeitos. Todos elogiaram a qualidade da feijoada (muito saborosa, segundo todos) e o atendimento dos nossos voluntários e os que ainda não conheciam a nossa Casa Índigo tiveram a oportunidade de conhecer rapidamente as instalações e receber informações sobre o nosso projeto, resultando na obtenção de novos voluntários para a instituição. Estamos comemorando este sucesso, fruto do trabalho sério e honesto que a nossa equipe está realizando. A todos os nossos voluntários, membros de nossa equipe, os nossos sinceros agradecimento pela dedicação, doação e amor com que estão abraçando o nosso projeto e prestando a sua colaboração. Todos felizes realizando suas tarefas e gratos ao Pai Criador Primordial pela oportunidade de servir a uma causa que tem no bem de nossas crianças o objetivo maior. Parabéns a toda a equipe e a nossa gratidão aos nossos voluntários e colaboradores: Anália, Danusa, José Roberto, Célia, Elaine, Agnaldo, Samuel, Dandy, Valdir, Stella e Karen.
Até as crianças vieram contribuir para o evento, alegrando o ambiente com sua presença de luz.
A nossa gratidão especial a todos que colaboraram adquirindo a nossa feijoada vegetariana e a todos que trabalharam para o seu sucesso.
Convidamos a todos que se interessam pelos Ensinamentos
Pleiadianos a participar do 3º Encontro dos Mensageiros do Amanhecer com
Ibiatan Upadian.
Tema do 3º
Encontro:“APRENDENDO A MEDITAR” Objetivos do Encontro: Desenvolver na prática as técnicas de
meditação pleiadianas e outros exercícios práticos pleiadianos, promover o
congraçamento, confraternização e união dos Mensageiros do Amanhecer e o
principal, realizar a INAUGURAÇÃO DA
CASA ÍNDIGO DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO (coquetel com presença de
imprensa e autoridades). Local do Evento: Casa Índigo de São José do Rio Preto, localizada
a Rua Santos Dumont, 36, Vila Ercília, em São José do Rio Preto – SP, CEP
15013-100. Data: 17, 18 e 19 de janeiro de 2014 Alimentação: 2 almoços (sábado e domingo) e 1 jantar
(sexta-feira) vegetarianos com 8 pratos quentes, 04 pratos frios, 1 sobremesa e
2 sucos naturais de polpa, 4 coffe breaks + coquetel de inauguração no sábado
dia 18/01 com salgados diversos, tábua de frios, sucos naturais e refrigerantes.
Opção de carne para não vegetarianos nas refeições: somente peixe.
Hospedagem: 2 estadias no Augustus Plaza Hotel localizado à Rua
Voluntários de São Paulo, 2771, Centro, fone/fax (17) 3233-6122, e-mail:
augustusplazahotel@terra.com.br, site www.augustusplazahotel.com.br. O Hotel Augustus
oferece apartamentos com TV a cabo, ar condicionado, frigobar, telefone, ducha
com aquecimento central e internet wi fi gratuito + café da manhã e
estacionamento próprio pelos seguintes valores:
Observação: o Hotel é novo, com ótimas
instalações e está situado de frente para a praça central da cidade, a apenas 200 metros da Rodoviária
e 700 metros
do Instituto Mensageiros do Amanhecer.
Programação do Evento: - Dia 17/01 (sexta):
- 15:00 hs às 20:00 hs - recepção dos participantes na Casa Índigo
- 20:00 hs às 21:00 hs – jantar na Casa Índigo
- 21:00 hs às 22:30 hs - apresentação dos participantes - Dia 18/01 (sábado):
- 09:00 hs às 10:30 hs - Laboratório para o Desenvolvimento das Emoções para a
Pratica de Meditação
- 10:30 hs às 11:00 hs - coffe break
- 11:00 hs às 12:30 hs - Laboratório para o Desenvolvimento das Emoções para a
Pratica de Meditação
- 12:30 hs às 13:30 hs – almoço na Casa Índigo
- 14:00 hs às 15:30 hs - exercícios práticos de Técnica Pleiadiana de Meditação
- 15:30 hs hs às 16:00 hs - coffe break
- 20:00 hs - Inauguração da Casa Índigo com coquetel e presença de autoridades
e imprensa. - Dia 19/01 (domingo):
- 08:30 saída do hotel para uma caminhada de 500 metros até o Parque
da Represa Municipal para realização de exercícios de respiração e meditação
com a natureza
- 09:00 hs às 10:30 hs - exercícios práticos de Técnica Pleiadiana de Meditação
no Parque da Represa
- 10:30 hs às 11:00 hs - coffe break na represa
- 11:00 hs às 12:00 hs - exercícios práticos de Técnica Pleiadiana de Meditação
no Parque da Represa
- 12:00 hs às 12:30 hs - retorno à Casa Índigo
- 12:30 hs às 13:30 hs – almoço na Casa Índigo
- 13:30 hs às 15:00 hs - exercícios práticos de Técnica Pleiadiana de Meditação
com Cristais
- 15:00 hs às 15:30 hs - coffe break
- 15:30 hs às 16:00 hs – encerramento do evento Informações: na Casa Índigo, pelos fones (17) 3121-6105 /
3012-9352 / 3022-7258 ou pelo e-mail:instit.mensageiros.amanhecer@gmail.com
Reservas: até 13/01/2014 pelos fones e e-mail acima. Atenção as VAGAS SÃO LIMITADAS por isso no ato
da reserva irão receber uma senha para fazerem a reserva no hotel.
Reservas do Hotel:a hospedagem deve ser reservada e quitada diretamente com o Hotel mediante
a apresentação de senha fornecida pelo Instituto para poder gozar do direito ao
desconto especial.
Investimento:Alem dos valores do hotel existe
o valor de R$ 150,00 relativo às refeições que serão feitas na Casa Índigo.
Este valor deverá ser recolhido diretamente ao Instituto Mensageiros do
Amanhecer, através do Banco do Brasil, agência 0057-4, conta corrente 69.429-0.
Este valor pode ser pago em duas parcelas 50% no ato da reserva e os outros 50%
até no máximo 13/01/2014. As pessoas de São José do Rio Preto e região que desejarem participar do
encontro não precisarão ficar no Hotel e pagarão apenas o valor de R$
150,00 pela alimentação. Formas de acesso a São José do Rio Preto: 1- carro: por umas das rodovias: Washington Luis SP-310, Transbrasiliana
BR-153, Assis Chateubriand SP-365, Euclides da Cunha SP-425 e Feliciano Salles
da Cunha SP-456; 2- ônibus: São José do Rio Preto é bem servido por linhas de ônibus
interligando-a com as principais capitais e grandes cidades (de São Paulo tem
as empresas Viação Cometa, Expresso Itamarati, Viação San Rafael e Levare); 3- avião: o aeroporto da cidade serve de escala para linhas regulares das
principais empresas aéreas, como TAM, Gol e Azul. Translado: teremos veículo para fazer o translado gratuito do
aeroporto ou rodoviária até o hotel e vice-versa. Promoção e organização: Instituto Mensageiros do Amanhecer – Casa
Índigo de São José do Rio Preto
Um abraço fraterno a todos.
Fiquem na luz e na paz profunda.
Atenciosamente,
Ibiatan Upadian
Presidente do
Instituto Mensageiros do Amanhecer
Instituto Mensageiros do Amanhecer
Rua Santos Dumont, 36 - Vila Ercília - CEP 15013-100
São José do Rio Preto-SP - CNPJ 17.526.993/0001-32
Massa de modelar é divertida, isto já é um consenso, mas é terapêutica? Sim!!
A famosa “mansinha” não apenas fornece a criança com Autismo a
oportunidade de explorar a sua criatividade, mas também é um importante
meio pelo qual você pode estimular várias habilidades sensoriais,
motoras, cognitivas e até sociais! (Você não imaginava tanto, não é?
kkk).
Ah, estamos aqui falando de Autismo, mas tudo neste post é válido
para qualquer pessoa, independente da condição de saúde. Ou seja, você
pode usar esse recurso com pessoas com outras condições, oks?
Do ponto de vista sensorial o amassar, enrolar, furar, espremer ,
achatar e esticar proporciona além da sensação da textura, a sensação
proprioceptiva.
Adicionando cores e aromas para a massa, você proporciona sensação visual e olfativa.
Caso haja aversão por parte da criança, essa oferta deve ser
graduada. Deve-se, inicialmente, incentivar o jogo com uma pequena
quantidade.
Coloque pequena quantidade nas mãos da criança e deixe-a puxar a
massa . Também incentive enrolar a massa entre os dedos, sobre a mesa ou
usando as palmas das mãos juntas. À medida que a criança estiver mais
confortável, aumente a quantidade utilizada na brincadeira.
Você pode adicionar textura a massa, sabia? Que tal usar arroz??
Dica importante: aplique talco/óleo nas mãos da criança para evitar que a massa grude.
Pensando nas habilidades motoras, massa de modelar pode ajudar a melhorar a força, a destreza e até a coordenação.
Beliscar a massa e rolar entre os dedos hábeis também ajudam a estimular o desenvolvimento das habilidades finas da mão.
O uso de tesouras, rolos e outros artifícios pode ajudar a melhorar a
coordenação bilateral (ou seja: envolver ambas as mãos nas tarefas).
Brincadeiras que estimulem as habilidades cognitivas podem ser
exploradas: separe as cores, siga a sequência que estou ensinando, faça
formas, letras e números (ensinando conceitos), são alguns dos pedidos
que estimulam o trabalho cognitivo. Até estereognosia você pode
explorar: “adivinhe o que foi que fiz!!”
Misturar e combinar pode ajudar a aprender o conceito das cores e
das quantidades, basta você usar a mansinha nesta perspectiva.
E as habilidades sociais?
Brincar com alguém já dá a oportunidade de socialização. A troca de
cores e objetos, a parceria nas brincadeiras e as perguntas e respostas
de como fazer, são exemplos que envolvem socialização.
Bem, agora que você viu o quanto a massa de modelar é um recurso terapêutico, aprenda clicando aqui uma receita de massinha de modelar comestível!!
Imagem: katharos
Se você quer conhecer um material com atividades
contextualizadas para serem usadas na terapia e estimulação cognitiva,
confere nossos cadernos de exercícios Clique aqui e saiba mais!
Ana Leite
Editora-chefe do Reab.me. Terapeuta Ocupacional
(UFPE). Especialista em Tecnologia Assistiva (UNICAP). Mestre em Design e
Ergonomia (UFPE). Consultora em Tecnologia para Reabilitação.
Uma ideia super legal! Reutilizar materiais podem render objetos muito interessantes! Foto: Solidarium
Olha só que legal esses cachorros feitos com botas de borracha! Vai assustar bastante gente, não?
Olha só essas casinhas feitas com rolos de papel higiênico. Muito legal a ideia da Solidarium, não?
Um pregador de roupas e palitos de sorvete podem se transformar em um divertido avião para os seus filhos! Veja acima.
Aquelas latas velhas de metal podem servir como uma linda decoração para o seu banheiro. Basta usar a imaginação!!!
Olha que ideia legal da Reciclagem Divertida
: O pássaro maluco! A criançada vai adorar! Além de ser um bom motivo
pra passar um tempo com os pequenos ensiná-los da importância de
reutilizar materiais.
Mais uma opção de brinquedos Waldorf para mexer com a imaginação da criançada: a Fada!
Criança precisa apenas ser criança. É impossível brincar e não aprender alguma coisa.
Raul
Guerreiro, formado na Escola Superior Livre de Pedagogia Waldorf em
Estugarda, na Alemanha, revela que a Pedagogia Waldorf é uma verdadeira
arte de educar e não um método que vem "concorrer" com outras propostas
educativas.
Sara R. Oliveira
Raul Guerreiro dedica-se à divulgação desta pedagogia e da sua estrutura
social escolar, através de palestras audiovisuais para pais, educadores
e estudantes. Nesta entrevista, o responsável faz questão de expor
factos e afastar preconceitos. "As escolas Waldorf não são
estabelecimentos de ensino privado, nem iniciativas de prestação de
serviços educativos em estilo doméstico ou cooperativista", esclarece.
"Como conceito de educação integral com 12 anos de duração, a Pedagogia
Waldorf (PW) reconhece sobretudo as dinâmicas inatas dos alunos para um
processo de autoeducação e de descoberta gradual do mundo".
EDUCARE.PT:
Na pedagogia Waldorf não há avaliação de desempenho com notação
numérica. De que forma são avaliados e apreciados os progressos dos
alunos? Raul Guerreiro: No final do ano os alunos recebem um
"Boletim Waldorf", que é uma coleção de descrições redigidas por todos
os professores, expondo de maneira objetiva a metamorfose vivenciada
pelas crianças. Não há avaliações "boas ou más" e a ênfase vai para o
elogio e para o reconhecimento dos esforços empreendidos pelos alunos.
Nos primeiros anos esses documentos são um precioso auxiliar para os
pais e mais tarde tornam-se, para os próprios alunos, um espelho
promotor da autoconfiança.
E: Nas escolas Waldorf não existe a
repetição de anos. Defende-se que os chumbos contrariam a própria
condição humana. Não há diferenças entre os bons e os maus alunos? RG:
Precisamente, a existência de diferentes estágios de amadurecimento é
considerada na PW como uma coisa salutar, pois expressa a diversidade da
condição humana, dando ainda oportunidade a uma solidariedade entre
camaradas de classe, o que seria interrompido por qualquer processo
seletivo de "chumbos".
"A
PW lida com uma trilogia de forças anímicas presentes em estado latente
em cada ser humano desde o nascimento: pensamento-sentimento-vontade."
E: Privilegia-se o campo sensorial. Qual a importância da componente cognitiva? RG:
O campo sensorial é mais realçado apenas nos anos do jardim de infância
e primeiras classes. Evita-se aí estimular um esforço intelectualista
precoce, que resultaria danoso para a formação harmónica da
personalidade. A PW lida com uma trilogia de forças anímicas presentes
em estado latente em cada ser humano desde o nascimento:
pensamento-sentimento-vontade. A esfera do pensamento vai sendo
reforçada paulatinamente, mas sempre em equilíbrio com as demais forças,
e acompanhada por um estímulo da imaginação.
E: Quais as principais diferenças entre esta metodologia e a utilizada no ensino regular? RG:
Este é um tema gigante, mas vou tentar um resumo: (a) cada escola é
totalmente independente, suportada por uma associação de fim
não-lucrativo. A associação possui uma diretoria, mas ela é responsável
apenas pelos atos financeiros e jurídicos; (b) a escola propriamente não
tem nenhum diretor, pois são os professores que exercem em conjunto a
função diretiva, com absoluta autonomia para o domínio pedagógico. Tudo o
que não diz respeito à pedagogia está entregue a órgãos escolares onde
pais e professores atuam em parceria; (c) os anos de jardim de infância
são uma delicada fase de alimentação moral-espiritual que irá marcar as
personalidades para o resto da vida. Cultiva-se aí uma harmonização das
almas infantis, sem se aplicarem medidas corretivas ou tentar preparar
as crianças para a fase escolar; (d) todos os alunos aprendem duas
línguas estrangeiras desde o primeiro ano. O chamado "professor de
classe", que acompanha cada classe durante os primeiros oito anos, tem a
seu cargo o currículo Waldorf inicial (Matemática, Português, História,
Geografia, Ciências Naturais, etc). Outros professores encarregam-se
das disciplinas individuais; (e) não se utilizam computadores e não há
livros escolares durante os primeiros anos, pois são os próprios alunos
que elaboram tudo em cadernos próprios criados com arte, imaginação e
individualidade; (f) no secundário são introduzidos temas mais
complexos, mas preserva-se um equilíbrio entre a crescente liberdade de
atuação e a criatividade social; (g) muitas escolas preparam para a
admissão ao ensino superior. (h) nas escolas Waldorf não se ensina
Antroposofia, e não há "cruzamentos" com outras práticas, yogas,
meditações ou quaisquer inspirações orientais; (i) o ensino de religião é
parte integral do currículo e para tal há sempre professores
contratados de acordo com as crenças de cada família. Quando aparecem
pais que estão convencidos dos benefícios da PW, mas declaram "não ter
religião", eles não são dogmaticamente rejeitados, mas devem aceitar que
os seus filhos sejam incluídos nas aulas de Religião Livre do currículo
Waldorf, as quais estão baseadas nos princípios morais dos evangelhos
cristãos.
"A essência da PW pode ser expressa como uma arte de facilitar o desabrochar de competências inatas únicas."
E:
Estimular a criatividade, promover a independência através da arte e do
contacto com a natureza, ajudar os alunos a expressar competências
inatas e únicas. Como é feito este trabalho? RG: O tema é de
enormes proporções, mas para fornecer uma resposta abreviada posso
esboçar alguns aspetos capitais. A essência da PW pode ser expressa como
uma arte de facilitar o desabrochar de competências inatas únicas. Para
tal, o principal é saber reconhecer e afastar os empecilhos que se
apresentam. Cultiva-se uma permanente reverência pedagógica por cada
criança, como autêntica representante da humanidade e do princípio
superior presente na sua constituição tríplice:
material-anímica-espiritual. Os docentes dedicam-se eles próprios a uma
permanente autoeducação.
E: Acredita que a criança é capaz de se educar a si mesma, desde que criadas as condições para que isso aconteça? RG:
A PW não se dedica a fornecer conhecimentos, como se as crianças fossem
inicialmente inocentes arcas vazias. O essencial é reconhecer nos
alunos a presença de todas as dinâmicas inatas necessárias para um
processo de autoeducação e gradual descoberta de si próprios e do mundo.
É aqui que professores e pais intervêm colaborativamente, oferecendo
ambientes propícios para uma expansão biográfica autónoma, segundo o
destino interior de cada criança. A totalidade do ensino Waldorf é de
carácter imaginativo e artístico-criativo, cultivando-se competências
para uma aprendizagem contínua durante toda a vida.
E: Depois
de 12 anos numa escola Waldorf, os alunos estão preparados para
enfrentar o ensino superior, onde há avaliações e chumbos? RG: O
chamado "sucesso académico" ou "sucesso profissional" exige hoje
sobretudo qualidades de criatividade, autoconsciência, flexibilidade
cognitiva, adaptabilidade a transformações críticas, e capacidade para
manter intacta a própria identidade. Tudo isto é cultivado logo desde os
primeiros dias no jardim de infância Waldorf. Recentes estudos na
Europa e na América comprovaram inclusive que os ex-alunos Waldorf
alcançam um sucesso fora do comum e um máximo de competências para as
ocupações assumidas na vida adulta.
"A
totalidade do ensino Waldorf é de carácter imaginativo e
artístico-criativo, cultivando-se competências para uma aprendizagem
contínua durante toda a vida."
E: Os professores têm uma preparação especializada para ensinar numa escola Waldorf? RG:
Os docentes são formados em escolas superiores ou centros de formação
de Pedagogia Waldorf. Não se exige qualquer pré-formação específica, e o
treinamento pode durar dois ou três anos em regime integral, havendo
outras alternativas para estudos parcelados. Há muitos centros de
formação em todo o mundo (o mais próximo está em Madrid) e em Lisboa
existe um curso introdutório.
"A
direção coletiva dos professores Waldorf, junto com os demais órgãos da
escola, promove uma total transparência entre professores, pais,
familiares e amigos. "
E: Uma
direção coletiva, um parlamento escolar. É fácil gerir um
estabelecimento de ensino sem um patamar hierárquico, em que todos estão
ao mesmo nível? RG: Nas escolas Waldorf não existe qualquer
utopia do tipo "todos iguais a todos". Mas a ausência de uma pirâmide
hierárquica constitui, precisamente no mundo da educação, um princípio
democrático direcionado à paz e ao futuro, não significando menos
eficácia no trabalho. A direção coletiva dos professores Waldorf, junto
com os demais órgãos da escola, promove uma total transparência entre
professores, pais, familiares e amigos. Isto resulta mais criativo e
recompensador para todos e, em última análise, mais efetivo para a
educação pretendida.
E: Qual deve ser o papel dos pais no processo educativo? RG: Os
pais que optam pela PW fazem-no por autêntica convicção e conscientes
dos direitos humanos das crianças. Eles são cooperadores imprescindíveis
em todo o projeto, assumindo um compromisso com essa pedagogia e o seu
modelo comunitário-escolar. Durante muitos encontros regulares entre
pais e professores, os acontecimentos a nível familiar ficam
transparentes para a escola e vice-versa. Além disso, as numerosas
festas e apresentações ao longo do ano reforçam o espírito de
comparticipação.
E: Tem falado num "fantasma opressor do moderno mundo escolar". Na sua opinião, o sistema de ensino está demasiado formatado? RG:
O último século, cada vez mais dominado por uma compreensão
materialista-cientifista do ser humano, veio condicionar a tal
"demasiada formatação". Sem dúvida já há hoje, inclusive na nova pasta
da educação, corajosos impulsos de renovação humanística, mas surgiu por
último a crença tecnomisticista (aliás já cientificamente desmascarada e
rejeitada na América e na Europa) dos meios eletrónicos aplicados à
educação básica. Essa absurda medida só pode ser classificada como um
ato de pobreza espiritual, pois está esvaziada dos impulsos morais
necessários para promover os princípios de liberdade, paz e comunhão na
nova sociedade emergente. Alunos vitimados desde cedo por essa
deformação robótica sofrem de uma crescente insensibilização moral e um
dramático desencontro consigo próprios. O pavoroso quadro de
brutalidades psíquicas e físicas surgidas nas escolas, mais os fenómenos
de bullying, desistências e depressões (inclusive entre professores),
está aí visível para todos. A última resposta oficial a tudo isto foi a
criação de uma nova lei de crime público, com penas de um a cinco anos
de prisão, para violência nas escolas.
"A classe docente portuguesa necessitava sobretudo da oportunidade para uma profunda reflexão sobre reformas pedagógicas."
E: Os professores portugueses estão a ser avaliados. Uma medida sensata para promover a excelência da classe docente? RG:
A essência dramática da questão é que semelhantes avaliações são
insufladas precisamente por aquele doentio modelo dos chumbos.
Pretende-se passar por um crivo os trabalhadores imediatos do ensino,
enquanto que a respetiva estrutura estatal arcaica e autoritária
permanece intocada. A classe docente portuguesa necessitava sobretudo da
oportunidade para uma profunda reflexão sobre reformas pedagógicas
(algo como um novo pacífico 25 de abril para as mentalidades).
E:
No sistema de ensino português, a avaliação de desempenho, a
precariedade dos professores contratados, a falta de psicólogos nas
escolas, algumas regras no Estatuto do Aluno têm provocado alguma
contestação. Em seu entender, as políticas educativas em Portugal
caminham num bom sentido? RG: A educação das novas gerações (algo
que equivale ao próprio futuro da humanidade) é por natureza própria
incompatível com aspirações políticas, astúcias personalistas, programas
partidários ou eleições. Como prolongamento de um conservantismo agora
semiafogado na experiência da tecnificação em massa, as nossas políticas
educativas estão cada vez mais confrontadas com um incompreensível novo
mundo (e isto em simultâneo com o atual abismo da bancarrota financeira
do país). Toda uma arquitetura secular feita de orgulhos nacionalistas e
raciais, convicções de classe, avanços científicos e jogatinas
económicas internacionais está agora a ser sacudida pela base, como que
lavada por uma benemérita onda tsunâmica global. A nova ordem social
emergente grita muito mais por uma renovação humanista da educação do
que por planos de defesa contra armas nucleares ou ataques terroristas.
"Portugal é a última nação da Europa Ocidental sem uma presença socio-cultural da Pedagogia Waldorf. "
E:
Portugal tem poucas escolas Waldorf. Desinteresse, falta de
investimento, pouca abertura para uma metodologia diferente, resistência
a um programa diferente do ensino regular? O que se passa? RG: A
Pedagogia Waldorf, ou Arte de Educar de Rudolf Steiner, é uma renovação
conceptual alargada por uma verdadeira antropologia
científico-espiritual do Homem e para o Homem. Ela foi reconhecida pela
UNESCO e está hoje presente no mundo como uma realidade colaborante no
esforço de humanização e aprofundamento espiritual da educação. Portugal
é a última nação da Europa Ocidental sem uma presença socio-cultural da
Pedagogia Waldorf. Para além da dificuldade típica de impulsos
pioneiros, existe a referida política oficial conservativa e asfixiante,
que bloqueia uma reforma legislativa que permita a existência de
escolas livres, e sobretudo emancipadas da mórbida prática dos exames de
"equivalência" impostos a crianças cujos pais optaram legalmente por
outra linha educacional.
No Algarve, no município da Vila do
Bispo, um corajoso grupo de mães, pais e professores mantém hoje a
"Escola Livre do Algarve - A Oliveira" como primeira escola primária
Waldorf regular em Portugal. As escolhas de Raul Guerreiro:
As escolhas de Raul Guerreiro:
Citação:
"O
nosso mais elevado objetivo deve ser a promoção do desenvolvimento de
seres humanos livres, aptos a dar por si próprios sentido e direção às
suas vidas". (Rudolf Steiner) Livro:
"O desenvolvimento saudável do ser humano" (em português) por Rudolf Steiner. Música:
Guitarradas de Carlos Paredes, ou o oratório "A Criação" de Haydn. Autor:
Gudrun Burkhard, uma genial médica que escreve (em português) sobre imensas coisas que ultrapassam a simples medicina. Político:
Mahatma Gandhi, como exemplo de uma cultura política que rejeita qualquer forma de violência. Viagem:
A
viagem mais fascinante que já fiz foi uma visita a um jardim de
infância Waldorf em Cabinda, África. A viagem que ainda não fiz: navegar
à volta do globo na trilha exata de Fernão de Magalhães. Memória de infância:
A
atmosfera de amoroso calor educativo na presença do meu avô professor
João Cândido de Carvalho (cofundador da Liga de Defesa dos Direitos da
Criança, posteriormente extinta pela ditadura, e pioneiro da inauguração
da República e da implantação dos jardins de infância em Portugal,
inspirados em Froebel). Sonho por realizar:
Creio
que "sonhos por realizar" têm a tendência para ficar no ar, ou
assumirem feições excessivamente personalistas. Quem não se entrega ao
comodismo da apatia, e já hoje toma os seus ideais em mãos buscando uma
cooperação com outros, está imediatamente a trabalhar para a realização
dos seus sonhos.
No dia 27/11/2013 Ibiatan Upadian e Anália Fernandes da Rocha
participaram ao vivo do programa "Opinião Cidade", da TV da Cidade - Canal 16,
onde foram entrevistados por Marisa Amorim sobre o tema: "Crianças com
Hiperatividade e Altas Habilidades". Na oportunidade falaram sobre as
crianças índigo e deram um panorama geral sobre o projeto do Instituto
Mensageiros do Amanhecer para estas crianças. Assim, convidamos todos à assistirem o vídeo acima, gravado do programa, são apenas 30 minutos e vale a pena. O programa "Opinião Cidade" é
apresentado ao vivo pela Marisa Amorim, no horário das 12 às 13 hs,
através da TV da Cidade, Canal 16 da Net, em São José do Rio Preto - SP.
O cearense Thiago Feijão, 24, estudante do ITA (Instituto de Tecnologia
de Aeronáutica), teve sua vida mudada aos 12 anos, quando seu professor
de matemática o convidou para fazer parte de sua tese de mestrado, que
estudava a educação e cidadania.
"Ele me ensinou a enxergar as
injustiças que estavam ao nosso redor e como deveríamos contribuir para
solucioná-las", relembra.
Inquieto, Feijão, assim que entrou na universidade, queria desenvolver
algum projeto que ajudasse a fazer mudanças sociais e impactasse as
crianças.
Então, começou a desenvolver atividades voluntárias em uma ONG
da cidade.
E foi quando ele pensou: "Por que eu não posso fundar
outra?"
E ele não criou uma, mas duas. Uma ONG trabalha com jovens de ensino
fundamental, direcionando-os para olimpíadas [educacionais] e para
ensino médio de qualidade.
A outra chama-se Instituto Semear, que busca
jovens financeiramente desfavorecidos, "mas que tenham um sonho de
transformar o Brasil e de serem universitários", explica.
Na Semear, os jovens são apoiados com bolsas de estudos, mentoria e
"networking".
Mas, para isso, eles têm que desenvolver projetos que
resolvam problemas sociais.
Da ideia das duas ONGs nasceu o projeto Qmágico, um sistema de educação
que conecta interessados em aprender e ensinar para que todos estudem
melhor.
"[A ideia é] replicar para que todo aluno e professor tenha
acesso aquele tipo de oportunidade, à educação de qualidade", conta.
"Queremos empoderar os professores para que ele consigam conhecer cada
vez mais seus alunos e possam entregar algo especial para cada um",
explica a produtora do Qmágico, Lívia Palomo.
A ideia de Feijão era desenvolver uma plataforma digital com uma série
de funcionalidades para que fosse "um novo giz" do professor.
E, por
meio dela, ele soubesse como está o desenvolvimento do aluno. "Pensamos
em tecnologia como uma maneira do professor se multiplicar", diz Palomo.
Existem duas formas de interação na plataforma: on-line, onde todos os
dados de interação com o sistema são coletados, que servem para gerar
diagnósticos de aprendizado para o próprio aluno e para o professor.
"O
professor pode saber como cada aluno está individualmente e em grupos, e
o diretor da escola, como está toda a escola", explica Feijão.
Com o diagnóstico em mãos, a equipe da Qmágico sugere uma intervenção
educacional, com uma série de soluções, sejam tecnológicas ou
diretamente com os professores, por meio de novos projetos educacionais.
"A coisa mais poderosa que alcançamos aqui dentro foi comprovar que o
que estamos criando tem impacto no aprendizado das crianças.
Sonhar é de
graça e traz muito sentido para nossa vida", afirma Feijão.
Para realizar esse sonho, ele conta o segredo:
"Depois que você tem um
sonho muito grande, a segunda coisa é acreditar que as coisas funcionam e
dão certo".
E finaliza: "Depois é fazer".
O Instituto Mensageiros do Amanhecer está convidando a todos para experimentarem a sua FEIJOADA VEGETARIANA BENEFICENTE,
que estará promovendo em 14/12/2013, das 11:00 às 14:00 hs., na Casa
Índigo de São José do Rio Preto - SP, localizada a Rua Santos Dumont,
36, Vila Ercília, em São José do Rio Preto - SP.
Os
convites estão a venda na Casa Índigo por apenas R$ 20,00 e as reservas
podem ser feitas pelos fones (17) 3121-6105 ou 3012-9352.
A
feijoada que terá como acompanhamentos arroz, farofa vegana, couve e
torresmo vegano é muito apreciada por veganos e vegetarianos.
Os
valores arrecadados com este evento destinam-se a compra de material
didático a ser utilizado pelas crianças índigo nas oficinas técnicas e
de artes da Escola de Criatividade da Casa Índigo de São José do Rio
Preto.
O Instituto Mensageiros do Amanhecer é uma ONG, uma associação filantrópica, sem fins lucrativos e sem qualquer vínculo ou caráter religioso ou politico-partidário, que tem como finalidade prestar orientação, assessoria, assistência, apoio e amparo,
principalmente educacional, pedagógico, psicossocial e terapêutico às crianças
e jovens especiais, superdotados ou portadores de altas habilidades (crianças índigo), às suas
respectivas famílias e ainda a seus educadores, promovendo o desenvolvimento de
sua criatividade, habilidades e potencialidades e facilitando a integração
entre estas crianças, a escola, a família e a sociedade.
Motivos de pais para
educação familiar vão de insatisfação com a escola e vontade de ficar
mais próximo aos filhos; especialistas divergem sobre prática
BBCBrasil.com
•• atualizado às 10h10
Uma
nova batalha vem sendo travada dentro e especialmente fora das salas de
aula do Brasil. A polêmica gira em torno da chamada educação
domiciliar, em que famílias optam por ensinar seus filhos na própria
casa e não na escola.
Pais que potam pelo
homeschooling desejam estar mais envolvidos e presentes na criação dos filhos Foto: Mariana Della Barba / BBCBrasil.com
De um lado da trincheira estão pais que defendem o
direito de eles próprios - e não o Estado - decidirem como e onde os
filhos serão educados. Ao se dizerem insatisfeitos com o sistema
educacional do País, eles mostram aprovações dos filhos em exames como o
Enem para corroborar a eficácia da educação domiciliar.
No outro lado da disputa estão o governo e alguns
juristas alegando que tirar uma criança da escola é ilegal, além de
alguns educadores, que criticam a proposta, especialmente com argumento
de que essa prática colocaria as crianças em uma bolha.
Mais sedimentado em países como os Estados Unidos, o
homeschooling (como também é conhecido pela expressão em inglês) vem
ganhando fôlego no Brasil. Segundo a Aned (Associação Nacional de
Educação Domiciliar), há mil famílias associadas no grupo. Mas Ricardo
Iene, cofundador do órgão, calcula que, pela quantidade de e-mails que
recebe, sejam mais de 2 mil famílias educando seus filhos em casa no
Brasil.
O movimento também está conquistando espaço na esfera
política. No próximo dia 12, haverá uma audiência pública em Brasília
para discutir o tema, na Comissão de Educação e Cultura da Câmara. Na
pauta, estará também o Projeto de Lei (PL) do deputado Lincoln Portela
(PR-MG), que autoriza o ensino domiciliar.
Advogados da Aned veem na própria Constituição brechas
que defendem o direito da família de educar seus filhos mas a associação
acredita que uma lei específica daria mais segurança aos pais que optam
por esta modalidade de ensino.
Por que em casa?
"Quando meu filho
tinha 7 anos, um garoto da escola, que tinha 10 anos, batia nele e o
perseguia por causa do nosso sotaque baiano", conta Ricardo Iene,
cofundador da Aned (Associação Nacional de Educação Domiciliar), que é
natural da Bahia, mas mora em Belo Horizonte (MG) há cinco anos. "Também
havia um garoto que ficava assediando milha filha. Fui várias vezes na
escola, reclamar, conversar, tentar resolver esses problemas. Mas nunca
adiantou."
Ricardo tirou os filhos Guilherme e Lorena da escola por estarem sofrendo bullying
Foto: Divulgação
O bullying foi um dos motivos que, há três anos,
influenciou Ricardo a tirar da escola, Guilherme, de 13 anos, e Lorena,
de 15 anos. Mas certamente não foi a única motivação. Tanto para o
publicitário que vive em BH como para outros pais ouvidos pela BBC, é
sempre um conjunto de fatores que o impulsionam a tomar essa decisão.
Mas um deles parece estar sempre presente: o desejo de estar mais
envolvidos e presentes na criação dos filhos.
"Vemos crianças hoje em dia que entram na escola às 7 da
manhã e ficam até bem depois das 17h ou 18h, porque elas ficam fazem
balé, natação e várias outras atividades. Além da agenda cheia como a de
um adulto dessas crianças, mal sobra tempo para o convívio familiar",
diz M.L.C, mãe de 4 filhos, todos em homeschool, que não quis se
identificar por temor de ser denunciada.
Ricardo também sentia falta do envolvimento de outros
pais quando frequentava as reuniões na escola dos filhos, tanto das
instituições públicas como das particulares. "Muitos pais nem
participavam. E aí, ficava ainda mais difícil melhorar a situação da
escola."
Outro ponto que impulsionou o publicitário e outras
famílias a optarem pelo homeschool é o fato de não concordarem com
alguns valores morais passados na escola. Ricardo diz que ele e outros
associados da Aned costumam se incomodar especialmente com a abordagem
de temas como sexo e homossexualidade.
Vivendo em uma bolha?
Mas se do
lado dos pais praticantes da educação domiciliar só se ouve elogios do
tipo "agora meu filho aprende e não apenas decora", do lado dos
educadores, o que se vem são dúvidas e críticas. Muitas críticas.
"Se os pais estão insatisfeitos com a escola, há muitas
outras alternativas antes de se colocar o filho em uma bolha", afirma a
educadora Silvia Colello, professora de Psicologia da Educação e outras
disciplinas da Faculdade de Educação da USP.
"Além do mais, qual a lição subliminar que se está
passando ao filho ao tirá-lo da escola? Certamente algo como, diante de
um problema, basta resolver apenas a minha parte, salvar a própria pele,
e o resto que se dane."
Para a educadora, os pais também erram ao acreditarem
que com educação domiciliar estão protegendo seus filhos, por estarem em
um ambiente amigável, sem bullying, sem competição. "Infelizmente, a
vida não é assim. Mais cedo ou mais tarde, essa criança vai se deparar
com a realidade. Vai começar em um emprego, por exemplo, onde há
competição, bullying, tudo isso."
Silvia também cita a importância da escola não apenas
pelo conteúdo, mas também pela convivência que se tem com outras pessoas
e o aprendizado que se tem com isso, seja na hora de se aprender a
lidar com o outro, de aprender com os colegas, comparar seus trabalhos e
até mesmo de lidar com brigas e desentendimentos. "Toda essa vivência é
tão importante quanto português, matemática ou história", diz a
educadora.
Os homeschoolers, no entanto, dizem que as crianças não
vivem em uma bolha e têm essa convivência ao encontrarem amigos no
clube, na praça, na igreja ou na casa deles e ao frequentarem
atividades, como natação, fotografia e judô.
"Acho contraditório", afirma a educadora. "Se o problema é a perseguição na escola, não tem bullying na aula de natação?"
'Luta de todos'
A educadora Maria
Celi Chaves Vasconcelos, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro
(UERJ) aponta um outro problema na prática da educação domiciliar no
Brasil de hoje: a falta de fiscalização do Estado. Algo que foi
reforçado durante a pesquisa para seu pós-doutorado, sobre o
homeschooling e suas implicações hoje tanto no Brasil como em Portugal.
"Diferentemente dos portugueses, que já conseguiram
colocar todas as suas crianças na escola, nós ainda estamos caminhando
para isso. Então, no momento, seria difícil conciliar sistemas
diferentes de educação", diz.
"Como o governo conseguiria fiscalizar as crianças em
educação domiciliar se ainda não faz isso de maneira satisfatória nem
com as próprias escolas públicas?" Segundo ela, em Portugal, as crianças
em homeschools são registradas nós órgãos regionais e as autoridades
fazem um acompanhamento da educação delas.
Ela vê aspectos positivos no método, como ensinamentos
passados não apenas em salas de aula, mas também em locais como museus e
planetários. E acredita que escolha dos pais em relação à educação dos
filhos seja algo inevitável no futuro, quando o Brasil atingir suas
metas educacionais.
Enquanto isso, Silvia, a educadora da USP, também
defende que essa opção é prejudicial ao projeto de educação do País como
um todo.
"É claro que a ensino no Brasil ainda está bem aquém do
esperado, mas é preciso se ter uma frente de luta e não de alienação. E
essa luta não é só do Estado, mas também das escolas, dos pais, dos
professores e de toda a sociedade."
A educação passa por um processo de transformação. O modelo
educacional vigente está desfasado há décadas e não podemos tentar
ensinar às nossas crianças e adolescentes um conteúdo que eles podem
acessar na hora que quiserem em qualquer celular que tenha wi-fi. Muitos
movimentos de vanguarda acontecem pelo mundo e um deles é a IslandWood,
uma escola ao ar livre em Seattle, nos EUA.
IslandWood é um exclusivo centro de aprendizagem ao ar livre de 255
hectares, projetado para oferecer experiências excepcionais de
aprendizagem ao longo da vida e inspirar a gestão ambiental e da
comunidade, combinando a pesquisa científica, a tecnologia e as artes
para ajudar os estudantes a descobrir as conexões naturais e passarem a
se integrar mais à natureza, coisa que não acontece no cotidiano urbano
das crianças.
Baseada nas ideias de aventura e exploração sugeridas pelas próprias
crianças da região, Debbi e Paul Brainerd, moradores de Bainbridge
Island nos EUA, fundaram a escola na floresta em 1997 – uma organização
sem fins lucrativos e que conta com um design inovador, que se tornou
exemplo de economia de energia e de estilo de vida sustentável,
ensinando valores vitais para o desenvolvimento crítico e analítico
dessas crianças.
A escola prova que a natureza, com sua infinita beleza e força, consegue
nos auxiliar a sermos pessoas melhores, mais saudáveis e mais
conectadas a valores que realmente valem a pena.
Praticamente todos os jovens finlandeses estudam em escola pública
Foto: Amanda Soila/UM / Divulgação
A tão sonhada educação gratuita e de qualidade é
realidade na Finlândia. Líder do ranking global Pisa (sigla em inglês
para Programa Internacional de Avaliação de Alunos) em 2012, o país
nórdico tornou-se um modelo de educação para o resto do mundo. Em um
sistema em que a escola é obrigatória, cerca de 540 mil alunos estudam
por nove anos, desde os sete, nas chamadas escolas secundárias. Antes
disso, a escola é voluntária, mas quase todos os pais usam desse
direito.
Praticamente 100% dos jovens completam o período exigido, e 98%
estudam em escolas públicas.
Os segredos da educação na Finlândia são vários e estão
inseridos em uma conjuntura histórica e cultural que deve ser levada em
conta. No entanto, o próprio Ministério da Educação e Cultura indica o
caminho que pode ser seguido em qualquer país: um sistema educacional
uniforme, professores altamente competentes e autonomia para as escolas.
A Finlândia já foi mais pobre e sem a alta tecnologia
que possui hoje. Mas os finlandeses sempre acreditaram que era preciso
incentivar a educação, ainda mais se tratando de um país pequeno que
hoje conta com 5,4 milhões de habitantes, menos de 3% da população do
Brasil. A profissão de professor é historicamente respeitada e
valorizada. Em 1921, foi definido que independente da classe social,
todos tinham direito à escola. Há quase quatro décadas foi implementado o
estudo compulsório e desde então é exigido o grau de mestre para
professores.
Concorrida, profissão de professor é extremamente valorizada
Foto: Amanda Soila/UM / Divulgação
“A ideia básica da educação tem sido a igualdade”,
afirma o professor finlandês Matti Salo. Trata-se de um reflexo da
estratégia nórdica de estado de bem-estar social, afirma. A reforma
educacional ocorrida nos anos 1970, buscou exatamente acabar com a
distinção que havia entre um sistema de ensino curto para todos e um
mais longo, que levava ao ensino superior. “Isso era contra a ideia de
democracia em nossa sociedade”, diz Salo. Para buscar uma uniformidade
no ensino, os finlandeses tiveram que se dispor a pagar altos impostos,
ressalta. De fato, a Finlândia tem uma das maiores cargas tributárias do
mundo - a oitava, 25% maior que a brasileira.
A equidade do sistema se dá em dois níveis. Em um deles,
procura-se garantir, através de um repasse de verbas, a mesma qualidade
de ensino na capital Helsinque ou em uma pequena cidade do interior. Em
outro, busca-se a igualdade dentro de sala de aula. Suely Nercessian
Corradini, diretora pedagógica do colégio paulista Vital Brazil, visitou
escolas finlandesas para sua tese de doutorado.
Ela destaca a
importância dada às aulas de reforço. Grupos de alunos que não conseguem
acompanhar as aulas vão sendo reintegrados às classes com o apoio de um
professor treinado especialmente para isso, durante até dois anos. As
dificuldades são identificadas logo no início, mesmo na escola primária,
e trabalhadas. O esforço em incluir esses alunos é fator decisivo na
hora do Pisa.
O governo finlandês ainda fornece refeições e material
escolar de graça. “Isso é uma das coisas mais importantes. Faz uma
enorme diferença na aprendizagem ter o almoço grátis”, diz Salo. As
instituições de ensino devem ser próximas das casas das crianças, caso
contrário há transporte disponível. O professor destaca também o bom
investimento em saúde, com psicólogos escolares, assistentes sociais e
enfermeiros disponíveis.
Ser professor é status
Ao contrário do que muitos pensam, valorizar o professor
não é somente pagá-lo bem. Segundo relatório da OECD (sigla em inglês
para Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), o
salário mensal do professor finlandês fica entre US$ 2,5 mil e US$ 4 mil
(entre R$ 5,5 mil e R$ 8,8 mil) - um salário médio para o padrão
nórdico. Tatiana Britto, consultora legislativa do Senado Federal para
educação afirma: “O salário é baixo, mas é de classe média europeia.
Ninguém acha que vai ser rico sendo professor, mas vai viver bem, com
estabilidade e férias um pouco mais longas”.
Silvia Mutanen é brasileira, casada com finlandês, e há
quase dois anos atua como professora de crianças menores de sete anos na
Finlândia. Para ela, se o salário não é dos mais altos, o ambiente de
trabalho é bom. Dois fatores contribuem para isso: a autonomia dos
professores e a sua valorização.
Apesar de a recompensa financeira não ser um grande
atrativo, a procura pela profissão é enorme.
Segundo o Ministério da
Educação, apenas um em cada dez candidatos a entrar na universidade para
ser professor são aprovados. “Por ser uma carreira concorrida, ela
desperta o desejo. E com isso eles atraem os melhores egressos do Ensino
Médio”, afirma Suely. Assim, a profissão vai se valorizando frente à
sociedade. Salo diz que a popularidade da profissão se deve a uma
tradição de respeito à educação. O grupo qualificado que consegue entrar
na graduação continua a contar com um ensino sólido. A formação, que
inclui mestrado, busca proporcionar um excelente conhecimento da língua e
de matemática, uma boa capacidade de comunicação e a compreensão do
papel social da profissão.
Autonomia do professor
Ter professores de qualidade permite ao governo dar
liberdade para os docentes. O professor Mati Salo diz que, mesmo que o
Conselho Nacional de Educação e as autoridades locais deem algumas
orientações, as escolas têm autonomia em compor o currículo, e os
professores têm liberdade metodológica para colocá-lo em prática. “Isso
motiva os professores e permite a inovação”, afirma.
Suely ressalta que o
currículo nacional especifica somente os objetivos gerais e cada
instituição complementa o currículo em conjunto com os professores. Uma
tarde por semana é dedicada a planejar e elaborar o currículo. “Aqui na
Finlândia o professor tem total liberdade pra preparar sua aula, ele
pode escolher os livros, o material, os recursos a serem utilizados. Há
uma grande autonomia cercada de confiança e apoio”, conta a professora
Silvia. “O professor não vai apertar parafuso, mas formar pessoas”, diz
Tatiana.
A liberdade se dá também aos alunos. Não há períodos
integrais, com muitas lições e tantas avaliações quanto no Brasil. Ainda
assim, não é possível dizer que não haja pressão aos estudantes.
Tatiana diz que, nos anos iniciais, o ensino é realmente mais lúdico,
sem deveres de casa, mas há seriedade. “Eu visitei uma escola em semana
de provas, com meninos de nono ano, totalmente voltados para aquilo.
Todo mundo enfileirado, com o professor fiscalizando”, diz. O que não
existe, de fato, é uma grande avaliação externa, um exame nacional. Para
Salo, a avaliação não tem função de dividir os melhores alunos dos
outros, mas ajudar a desenvolver métodos de ensino que apoiem os
estudantes.
Mesmo com tudo isso, a preocupação dos educadores
finlandeses é atrair os jovens para a escola. Salo relata que os
estudantes, principalmente, em graus mais elevados, precisam se
interessar mais. É necessário fazê-los perceber que podem influenciar na
vida escolar.
O investimento e a preocupação em formar bons
professores ajudam a colocar a Finlândia no topo do Pisa, mas a educação
não é papel só da escola. Segundo Silvia, o contexto social e cultural
do país faz da escola complemento e apoio do que a criança já traz
consigo de casa.
* * * * * * * *
Exclusivo: ministra finlandesa explica os pilares da educação no país
98% da população tem acesso a educação gratuita na Finlândia, e todos professores têm mestrado
A ministra da Educação e Ciência da Finlândia, Krista Kiuru, conversou
por e-mail sobre questões relativas ao sistema educacional do seu país
Foto: Divulgação
Líder do PISA (Programa Internacional de Avaliação de
Alunos, na sigla em inglês), ranking internacional de avaliação da
educação, a Finlândia chama a atenção da comunidade pedagógica pela
eficiência do seu modelo educacional. O país nórdico conseguiu
desenvolver uma educação gratuita e de qualidade, sustentada pela
valorização do professor em um sistema igualitário e de acesso
universal. Mesmo sem uma grande avaliação nacional, o governo finlandês
consegue manter uma qualidade homogênea em todas as regiões do país.
Em passagem pelo Brasil no final do mês, quando
participará do Bett América Latina Cúpula de Liderança (evento que
ocorre nos dias 31 de outubro e 1º de novembro, em São Paulo), a
ministra da Educação e Ciência da Finlândia, Krista Kiuru, 39 anos,
conversou por e-mail sobre questões relativas ao sistema educacional do
seu país. Representante do Partido Social Democrata, de centro-esquerda,
Krista trabalhou no Ministério do Transporte e Comunicações entre 2011 e
maio de 2013, quando assumiu seu atual posto. A ministra estudou
filosofia, teologia e sociologia, na Universidade de Turku. Atuou como
professora de Filosofia, Religião e Artes na escola secundária. A
seguir, confira a entrevista exclusiva feita por e-mail pelo Terra.
Terra - Como a Finlândia atingiu um nível tão bom na educação, liderando o ranking do PISA?
Krista Kiuru - Nós estamos muito
felizes e honrados com os bons resultados conquistados no último ranking
do PISA. Mas também somos um pouco modestos para explicar as razões por
trás do nosso sucesso. Não há um simples truque ou uma resposta fácil
para essa pergunta. A sociedade finlandesa valoriza a civilização e a
educação e, portanto, tem uma atitude muito positiva em relação à
educação. Qualquer mudança na política de educação cria sempre um debate
público intenso, que reflete o forte compromisso com o assunto na
Finlândia.
Para destacar três elementos em nossa educação, menciono
os bons professores, a qualidade uniforme na educação e também um claro
compromisso com a igualdade. O investimento na formação de professores
levou a uma situação em que as diferenças na qualidade do ensino são
muito pequenas entre 'uma região e outra. No ensino fundamental, todos
os alunos têm acesso garantido à escola mais próxima.
O foco hoje em dia é colocado muito na tecnologia
moderna, mas eu gostaria de lembrar a importância da leitura,
fundamental para a aprendizagem. Na Finlândia, temos uma rede de
bibliotecas de alto padrão, em que nenhuma taxa é cobrada para
empréstimo ou uso das coleções. O índice de quase 100% de alfabetização
garante o sucesso em diferentes disciplinas e nos diferentes estágios da
educação.
Eu tenho enfatizado a boa educação de qualidade
uniforme, mas eu gostaria de mencionar também as necessidades
individuais. As necessidades dos alunos desempenham um papel importante
no currículo nacional. Muita atenção tem sido destinada em apoiar
individualmente o aprendizado e o bem-estar dos alunos.
Terra - Como a senhora acha que a tecnologia deve ser usada em sala de aula? É essencial introduzi-la nas escolas?
Krista - A tecnologia é parte da vida
das crianças mesmo antes de entrar na escola, de modo que, às vezes,
elas são mais experientes com a tecnologia do que os seus professores! A
tecnologia moderna pode ampliar tantas possibilidades na sala de aula
que não podemos nem mesmo reconhecê-las ainda. Ela é principalmente uma
ferramenta para aprender vários assuntos. Sinto-me honrada em dizer que,
na Finlândia, temos alguns desenvolvimentos interessantes, como jogos
educativos móveis criados com base em pesquisa acadêmica.
A habilidade de usar a tecnologia da informação é
essencial para a sobrevivência no mundo de hoje. As escolas desempenham
um papel importante para levar as mesmas possibilidades para todas as
crianças.
Terra - A Finlândia provou que é possível ter educação gratuita e de qualidade. Como foi esse processo?
Krista - Desde o início do século XIX, a
educação popular tem sido uma parte fundamental do projeto de
identidade nacional. No século XX, os movimentos políticos
compartilharam amplamente esta atitude positiva para a educação.
Serviços básicos bons e gratuitos são o coração da sociedade de
bem-estar finlandesa. De acordo com este pensamento, todas as pessoas
têm o direito a ter serviços de qualidade, não importando a sua origem
familiar ou o local de residência. A educação de qualidade desde a
educação infantil até o nível universitário é uma parte importante
desses serviços básicos.
Há ainda um forte consenso na Finlândia sobre educação
gratuita; este valor é amplamente compartilhado pela população e por
todos os partidos políticos finlandeses. Como os recursos naturais do
nosso país são limitados e localizados longe das principais áreas de
mercado, a boa educação das pessoas e o investimento no capital humano
são prioridades.
Terra - Como vocês fizeram para formar bons professores e valorizá-los ?
Krista - Historicamente, os professores
têm sido altamente valorizados na sociedade finlandesa. A profissão de
professor ainda é muito popular, por isso as nossas universidades que
formam professores podem escolher o melhor entre os melhores candidatos.
Nossos professores têm uma formação acadêmica baseada em pesquisa e
todos têm mestrado. A formação inclui vários períodos de práticas
pedagógicas, por isso mesmo os jovens professores têm experiência no
ensino logo que graduados. Eles conhecem o assunto e são pedagogicamente
bem treinados.
Como os professores são altamente qualificados,
confiamos neles e há total independência para organizarem o seu
trabalho. Acho que confiar no seu profissionalismo é a melhor maneira de
mostrar o apreço. Por exemplo, os materiais didáticos não são
inspecionados em nível nacional (esta prática foi abandonada no início
da década de 1990), então as escolas e os professores têm a liberdade de
escolher o material que desejam utilizar, bem como os métodos de
ensino.
Terra - Qual é o papel do governo na educação?
As escolas são absolutamente livres para decidir como ensinar e avaliar
os alunos?
Krista - Nosso sistema educacional se
baseia em autogestão das escolas, currículos escolares desenhados a
partir de metas nacionais e autoavaliação. Flexibilidade na governança
quer dizer que a responsabilidade pela educação repousa nas autoridades
locais, ou seja, muito perto dos jovens e de suas famílias.
O governo determina os objetivos gerais da educação e a
distribuição de horas de aula. O Ministério da Educação e Cultura
elabora a legislação e decisões relativas à educação. O Conselho
Nacional de Educação estabelece os objetivos concretos e conteúdos
fundamentais do ensino nas diferentes disciplinas e é responsável pelo
currículo nacional. As autoridades locais são responsáveis pelo arranjo
prático de escolaridade e por compor o currículo municipal. Cada escola,
em seguida, escreve o seu próprio currículo baseado tanto no currículo
nacional quanto no municipal.
Terra - Que medidas implantadas na educação
finlandesa poderiam ser aplicadas para um país com uma realidade
diferente como o Brasil?
Krista - É sempre bom aprender com as
experiências de outros países - isso é o que há de melhor na cooperação
internacional. Mas dar conselhos ou copiar algo não é a abordagem
correta. Cada sistema de ensino reflete a cultura e a história de seus
países - é por isso que boas experiências e práticas não podem ser
transferidas diretamente de um país para outro. Mas o que pode ser dito é
que o compromisso com a educação como um direito humano básico à
disposição de todos, a igualdade entre os alunos - o que significa que
você deve ver o potencial de todas as crianças -, a escolaridade como um
serviço público e professores altamente qualificados têm funcionado bem
na Finlândia.
Desejo encorajar o Brasil a ter um debate nacional forte
e aberto sobre a política de educação, e, com base nesta discussão, dar
passos determinados na aplicação das reformas que são consideradas
necessárias. Fico feliz que o Brasil e a Finlândia estejam tendo uma
cooperação tão intensa na educação, para que possamos compartilhar
nossos pensamentos e trabalhar em conjunto para uma melhor educação em
ambos os países.