A Permacultura é um conceito que
reúne técnicas e práticas visando a convivência sustentável entre o
homem e o planeta. O vídeo-documentário Utopia no Quintal --
Permacultura e Cidade apresenta exemplos de pessoas que adotaram algumas
dessas práticas em suas rotinas, provando que é possível aliar a
preservação do meio ambiente à vida corrida das grandes cidades.
Trabalho
de Conclusão de Curso de Jornalismo realizado na Universidade Metodista
de São Paulo sob a orientação do Prof. Ms. Valdir Aparecido Boffetti.
Realização: Daniela Catelli, Fernando Moura, Janine Abrão, Mateus Carvalho e Natália Belucci.
Imagens: André Silvério (Iso25), Gabriel Mussolino, Renato Neves e Fernando Moura.
Edição: Guatavo Linares, André Silvério (Iso25) e Anderson Domingues.
Arte: Pedro Zuraroni
Fotografia, arte e finalização: André Silvério (Iso25)
Cláudio Spínola explica como fazer uma Composteira Doméstica
Cláudio Spínola expliaca como fazer uma Composteira Doméstica
Como fazer uma composteira doméstica para reciclar o próprio lixo
Publicado em 03/04/2012
Aqui você aprende com Claudio
Spinola, diretor do Instituto Morada da Floresta, a reciclar parte de
seu próprio lixo, economizar sacos plásticos e ainda deixar o seu jardim
mais bonito!
A equipe do documentário visitou 10 projetos que fogem do ensino tradicional. O Projeto Âncora (foto), em Cotia (SP), foi um deles Foto: Divulgação
Autonomia, liberdade. Simplesmente saber e não precisar provar isso a ninguém - sem testes, provas, avaliações formais. A frase Quando sinto que já sei
trazem essa reflexão, e não é por acaso que foi escolhida para dar nome
ao documentário realizado pela Despertar Filmes, com lançamento
previsto para o primeiro semestre de 2014. O filme mostra 10 iniciativas
alternativas ao sistema convencional de ensino e tem um objetivo claro:
mostrar que é possível fazer diferente na educação.
A equipe visitou projetos em sete cidades brasileiras,
escolhidos especialmente pelo critério de serem distintos entre eles - o
que, nesse caso, é um ponto em comum. Todos têm por princípio o
respeito pela individualidade de cada aluno e pelo contexto social em
que se inserem, por isso, acabam funcionando de forma única. Para Raul
Perez, um dos diretores de Quando sinto que já sei, autonomia e
afetividade são as principais semelhanças entre as escolas visitadas, e
isso significa entender o aluno como indivíduo e não “como um produto
na linha de produção em série, como ocorre nas instituições
convencionais”.
A opressão do ambiente escolar tradicional foi o que
mais incomodou o jornalista de 23 anos, e o que fez com que a vontade de
mostrar que a aprendizagem é possível de outra forma se transformasse
em documentário. “O ensino que temos hoje forma especialistas. Você
fecha portas e cria cursos para a criatividade acontecer. Isso, de certa
forma, é cruel. Se a pessoa tem muitas potencialidades, deve poder
desenvolvê-las com liberdade”, argumenta.
Cada um dos projetos funciona de maneira única, respeitando a autonomia do aluno. Na foto, o Projeto Araribá, de Ubatuba
Foto: Divulgação
Durante o ensino fundamental, Perez frequentou pelo
menos cinco escolas públicas de São Paulo - filho de pais separados
estudava ora perto da casa de um, ora da de outro. No ensino médio, foi
para uma escola técnica em São Bernardo do Campo. Depois, ingressou no
curso de jornalismo da PUC-SP. Essas experiências deram ao jovem uma
noção sobre como funcionava o ensino brasileiro, e já durante a
faculdade, inspirado pela leitura do livro Vigiar e Punir, do
filósofo francês Michel Foucault, decidiu tentar compreender esse
sistema que busca a “manutenção da ordem” e passou a se dedicar ao
estudo da relação entre professor e aluno, questionando por que essa
relação não mudara ao longo dos séculos.
Achou que talvez na Universidade de Coimbra, uma das
mais antigas do mundo, pudesse obter algumas respostas, e foi a Portugal
para um intercâmbio de seis meses. Na Europa, seu caminho se cruzou com
o do amigo Antonio Lovato, que também estava na região fazendo um
estudo na área, sobre escolas democráticas. Se encontraram e decidiram
unir as duas pesquisas e desenvolver um projeto juntos, o que culminou
na produção de Quando sinto que já sei. Quando Perez voltou ao
Brasil, no início de 2011, ele e Lovato começaram a procurar modelos
alternativos de ensino no País, como os que haviam conhecido durante a
viagem. A partir de algumas iniciativas com que já tinham contato e das
muitas indicações do educador José Pacheco, idealizador da Escola da
Ponte, no distrito português de Porto, selecionaram os projetos que
seriam incluídos no filme.
No ano seguinte, começaram a gravar, com uma câmera na
mão e uma ideia na cabeça - tinham apenas os próprios recursos para
desenvolver o projeto. Para a fase de finalização do filme, em abril de
2013 cadastraram o documentário em um site de financiamento coletivo. Na
última semana, haviam atingido apenas R$ 15 mil dos R$ 44.803 que
necessitavam. Começaram, então, uma campanha intensa em busca de apoio. E
conseguiram. No dia 20 de maio, chegaram a R$ 49.758. “O financiamento
coletivo é mais do que conseguir dinheiro, é também um mecanismo de
engajamento. As pessoas têm de comprar, concordar com a proposta”, diz
Perez. Junto com o suporte financeiro, vieram notícias de projetos de
todos cantos do Brasil, o que fez com que as sete iniciativas que seriam
retratadas inicialmente virassem dez - e, ainda assim, muitas tiveram
que ficar de fora.
Revolução em sala de aula
A cada escola visitada, um aprendizado. Um aluno de 10
anos da Politeia, na capital paulista, queria entender a Teoria da
Relatividade. Numa escola tradicional, talvez isso fosse um problema, e o
estudante tivesse que aguardar alguns anos e acabasse perdendo o
interesse. Lá, os educadores de todas as áreas, da matemática à
literatura, se reuniram para discutir como tratar seus conteúdos a
partir da teoria de Einstein. No projeto Âncora, de Cotia (SP),
coordenado pelo mesmo José Pacheco da Escola da Ponte, um estudante de
nove anos era fascinado por mitologia grega, e os professores foram
introduzindo novos conhecimentos a partir das histórias e personagens
que lhe interessavam.
A previsão é de que o filme seja lançado no começo de 2014, mas um primeiro corte deve ser apresentado no fim de novembro
Foto: Divulgação
“Durante as gravações, cada dia era um ‘primeiro dia de
aula’. Você vê as crianças livres, bem relacionadas, e se encanta com
isso”, conta Perez. Além do Âncora e da Politeia, o documentário também
passa pelas instituições e projetos Casa do Zezinho (São Paulo – SP),
Escola Municipal de Ensino Fundamental Desembargador Amorim Lima (São
Paulo – SP), Centro Popular de Cultura e Desenvolvimento (Curvelo – MG),
Gente (Rio de Janeiro – RJ), Escola Alfredo J. Monteverde – Projeto de
Educação Científica da AASDAP (Natal – RN), Escola do Centro de
Realização do Ser (Piracanga - BA), Escola Municipal de Ensino
Fundamental Presidente Campos Salles (São Paulo - SP) e Projeto Araribá
(Ubatuba - SP).
No documentário, as escolas de ensino tradicional também
são contempladas, e uma das principais questões observadas por Perez
durante o filme é que mesmo aqueles professores que estão dentro de uma
instituição convencional querem uma transformação. Segundo ele, às vezes
o sistema é tão fechado para mudança que os docentes não conseguem
empreender, e acabam desmotivados. O filme quer atingir a todos, mas o
docente é, desde o início, o principal interlocutor. “A revolução dentro
da sala de aula parte dele. Tenho professores que foram meus heróis no
tempo de escola, e que me ensinaram coisas fora do currículo, a me
relacionar, a pensar”, diz.
As escolas democráticas, de modo geral defendem o
professor como mediador, não como distribuidor de conhecimento, e é
nessa relação entre docente e aluno que acontece a educação. E é por
essa razão que os alunos não precisam provar que aprenderam o conteúdo.
Para o jornalista, o nome do documentário resume esse conceito. Ele
conta que uma série de acontecimentos contribuiu para a escolha do
título. Primeiro, a inspiração veio de um adesivo que ele recebeu após
participar de um evento, com os dizeres “Lembra o tempo em que você
sentia, e sentir era a forma mais sábia de saber e você nem sabia?”, da
poetisa paranaense Alice Ruiz. Em seguida, Eden Castelo Branco, um dos
produtores do filme, viu uma foto tirada na Escola da Ponte em que havia
duas listas que deveriam ser preenchidas pelos alunos: uma, com o que
já sabiam e podiam passar adiante, outra, com o que queriam saber, e
sugeriu que o título deveria ir nesse sentido. Mas talvez o mais
determinante tenha sido o fato de que a ideia apareceu por diversas
vezes durante as gravações - na boca dos alunos e também de José
Pacheco. “Quando sinto que já sei, compartilho o conhecimento”, disse o
educador na entrevista.
Lançamento
Uma versão preliminar do documentário deve ser
apresentada durante a Conferência Nacional de Alternativas para uma Nova
Educação (Conane), no final de novembro, e o filme completo fica para o
ano que vem - foram quase 100 horas de gravação, ainda há muito
trabalho pela frente. O lançamento vai acontecer em todos os projetos
visitados e dentro de instituições que tiverem interesse em abrir espaço
para exibição, e a equipe pretende levar convidados que tenham sido
entrevistados no filme para realizar mesas de discussões. Além disso, o
filme deve ser disponibilizado na internet em creative commons. Dirigido por Perez, Lovato e Anderson Lima, Quando sinto que já sei também conta com Anielle Guedes e Eden Castelo Branco na equipe.
A
estante decorada por dezenas de objetos coloridos é o que atrai a
criança, procurando um brinquedo – e uma lição, inconscientemente. Ela
pega uma caixa com materiais dourados que ensinam matemática. E, assim
como seus colegas de escola, passa a contar, sem números ou desenhos.
Tem na mão apenas algumas peças amarelas, que, conforme a quantidade,
ela vai aprendendo a chamar de “um”, “dez” ou “cem”. O professor passeia
pelo local, indo de criança em criança. Em suas mãos, não há nenhum giz
– também não é preciso, onde está o quadro-negro? Mas o lugar é uma
escola. Ainda que, definitivamente, essa não seja uma escola
tradicional.
Cenas parecidas com essa acontecem em instituições de
ensino que seguem o método pedagógico montessoriano. Idealizado pela
médica e educadora Maria Montessori no início do século XX, a linha
alternativa é adotada por 27 escolas brasileiras, em dez Estados,
segundo cadastro na Organização Montessori do Brasil. “O método
montessoriano tem ênfase na individualidade. Vai além do acúmulo de
informações dos métodos tradicionais”, afirma Paty Fonte, educadora
especialista em pedagogia de projetos.
A pedagogia Montessori é desenvolvida, sobretudo, na
educação infantil, até o 5º ano. As turmas são divididas em faixas
etárias e devem ser compostas por até 20 alunos. Além disso, defende a
autodisciplina das crianças, que é incentivada pelo contato prático com
materiais didáticos. Segundo Paty, o sistema montessoriano foi
revolucionário por dar liberdade às crianças de escolherem o que
aprender e qual atividade fazer.
As salas também foram inovações na época – são repletas
de objetos com funções educativas específicas e adequadas ao tamanho dos
alunos.
Paty destaca algumas pequenas atividades do sistema.
“Nas aulas, os alunos têm que guardar o material, saber a hora certa de
pegar o do colega. Em escolas clássicas montessorianas, as crianças
fazem seu lanche, limpam o que usam. Há aulas sobre meio ambiente,
higiene. Isso é uma preparação para a vida”, afirma. A educadora conta
que geralmente não há horários de recreio, com o objetivo de fazer a
criança entender que não há diferença entre os momentos de lazer e
aprendizado.
A formação dos docentes configura outro avanço
conquistado pela metodologia, de acordo com Gilza Maria Zauhy Garms,
professora da faculdade de educação da Universidade Estadual Paulista
Júlio de Mesquita Filho (UNESP). Para lecionar em escolas
montessorianas, os docentes devem fazer cursos específicos. “Os objetos
didáticos são próprios da linha montessoriana. Eles precisam conhecer
cada material, como usá-los e para que servem”, explica.
Por permitir ao aluno escolher as atividades escolares,
cabe ao professor guiá-lo e evitar disparidades entre as áreas de
conhecimento. “O professor não impõe, não dá nenhum conhecimento pronto.
Eles precisam orientar e desafiar o aluno para que aprendam o
adequado”, relata Paty. Os casos de indisciplina não são comuns,
conforme ela. “Mas não há castigos, assim como não há prêmios. O aluno
muda ao perceber que está se prejudicando e não acompanha o ritmo da
turma”.
Dayse Canano, diretora da escola montessoriana Petra, no
Rio de Janeiro, acredita que o método reconhece as “diferentes
inteligências” das crianças, o que pode não acontecer em escolas
tradicionais. “Há alunos que têm mais aptidão na área motora, por
exemplo, e esse potencial deve ser observado e explorado. A inteligência
é definida como ‘a maneira como se resolvem problemas’. Essas maneiras
não são iguais para todos”, diz.
A forma de avaliação mais comum se dá pela observação
diária e individual. Ao final de cada etapa, os professores apresentam
relatórios de avanço que dizem se a criança está apta para o próximo
nível.
Críticas
Desde o seu surgimento, o
método montessoriano sofre críticas. Uma delas é a impossibilidade da
criança definir como irá exercer a atividade, apesar de ter liberdade de
escolher qual irá fazer. “Apesar de pregar autonomia, todas as
atividades montessorianas são pré-determinadas, não há flexibilidade. A
autonomia gerada pelo método, segundo seus defensores, se constrói a
partir de atividades que devem ser rigorosamente seguidas para o
aprendizado”, afirma Gilza.
Por isso, a professora não acredita que seja um exemplo
característico de educação livre. Para ela, a pedagogia de Célestin
Freinet é um exemplo de projeto que rompe com a rigidez. Essa
metodologia consiste em promover o trabalho, cooperação e participação
ativa das crianças através de oficinas.
Outro questionamento que a proposta Montessori enfrenta é
a de que impõe uma divisão do conhecimento. “A sequência programada das
atividades fragmenta a percepção, o intelecto, a vida social em sala de
aula. Ainda que a criança deva conseguir reunir todo o conhecimento ao
final do processo, a cognição será mais difícil de ser alcançada”,
afirma. Para explicar a teoria, Gilza toma como exemplo o padrão do
ensino de cores nas escolas em geral. “Há o hábito de ensinar as cores
separadamente em sala de aula. Mas o mundo é feito de todas as cores.
Essa necessidade de relacionar o conhecimento é o que será afetado”.
Dificuldades de adaptação
Segundo
Gilza, nenhum método pedagógico atual consegue ser totalmente inclusivo e
favorecer a todos os perfis de pessoas. A professora acredita que
crianças mais agitadas, sociáveis, inquietas e curiosas podem não se
adaptar às atividades individuais da linha montessoriana.
Segundo Paty, a socialização acontece nas chamadas aulas
de linha, em que os alunos se reúnem em círculo, ao redor de um objeto
que será ensinado. Nesses momentos há troca de conhecimento, são
contadas histórias e cantam-se músicas – o que não é suficiente, diz
Gilza. “Ainda que haja mais relacionamento nessas aulas, elas ainda são
pré-definidas. Todos cantam a mesma música, cada um tem uma hora certa
para falar”, critica.
Remendos de metodologias
Gilza
conta que, com o passar dos anos, as linhas pedagógicas começaram a
fazer trocas, o que gerou “remendos de metodologias” em escolas do país.
Assim, em salas de aula tradicionais pode haver exercícios
montessorianos. Até mesmo na internet é possível observar jogos
educativos que se aproximam das atividades do método. “Um clique da
criança leva a uma reação e ela somente comanda o que está programado.
Esse tipo de jogo tem características montessorianas. E, a menos que
tenhamos condição de ensinar as crianças a criarem seus jogos, isso
continuará assim”.
Eles são muito mais numerosos do que você pensa. Pode haver um superdotado ou índigo
no seu prédio, na escola ou até na sua casa.
por Claudio Angelo
A paulistana Cynthia Laus se define como uma
pintora abstrata. “Tentei fazer uma coisa mais acadêmica há algum tempo, mas
não gostei do resultado”, diz, enquanto caminha pelo salão de uma conceituada
galeria de arte de São Paulo, onde está expondo 29 obras. É interrompida por
uma voz que ordena: “Vem cá, põe um agasalho!” É sua mãe. Cynthia obedece.
Apesar de tudo, ainda é uma menina de 8 anos. A jovem artista, que pinta desde os 4 anos,
está entre os 3 milhões de brasileiros superdotados. São crianças que
geralmente começam a ler sozinhas antes de entrar na escola e surpreendem os
pais com perguntas desconcertantes. Mas esses sinais não bastam para
identificar um superdotado. Muitas crianças aprendem mais cedo que as outras e,
nem por isso, tornam-se mais brilhantes na idade adulta. O desafio dos
psicólogos é detectar, entre garotos e garotas precoces, quais possuem
inteligência fora do normal. “O superdotado sempre será brilhante”, diz Marsyl
Mettrau, presidente da Associação Brasileira para Superdotados (ABSD). Na caça aos pequenos prodígios, não basta
olhar para quem tira as maiores notas. Muitos superdotados são nulidades
acadêmicas, simplesmente porque se entediam com a escola. Foi esse o caso de
Álvaro de Almeida, de 7 anos. “Fui chamada várias vezes pela escola porque ele
era indisciplinado e ia mal nas provas”, diz sua mãe, Tânia, dona de casa.
Quando a família se mudou de Porto Alegre para Brasília, há dois anos, os
professores de Álvaro na escola pública notaram que ele tinha um talento
excepcional para o desenho. Diagnosticado como superdotado, o menino hoje
freqüenta aulas especiais de artes. O Quociente de Inteligência (QI) foi, durante
muito tempo, o principal instrumento para descobrir prodígios. Enquanto a média
da população teria um QI entre 90 e 110, os superdotados estariam para lá de
130. “O problema é que o teste de QI só avalia o raciocínio lógico”, observa a
professora Zenita Guenther, que desenvolveu um método novo de identificação de
talentos em Lavras (MG). “O QI não pode ser o único critério”, diz. Hoje, os
especialistas concordam em que há uma característica comum a todos os
superdotados: é o chamado “pensamento divergente”. Eles raciocinam de maneira
diferente da maioria e estão sempre buscando soluções próprias para os
problemas. Os jovens talentos também costumam ser modestos. “Eu sou normal.
Essa história de superdotado é coisa da minha mãe”, diz Cynthia, com
displicência, pulando amarelinha no meio da galeria de arte. Ela pinta como uma
verdadeira artista, mas não deixa de ser uma criança de 8 anos.
O carioca que conquistou Harvard
Ricardo Tadeu Cabral de Soares enfrentou sua
primeira batalha judicial quando tinha apenas 12 anos de idade. Enquanto
cursava a 8ª série do Primeiro Grau, ele foi o primeiro colocado no vestibular
para Direito numa faculdade particular do Rio de Janeiro. Mas era jovem demais
para ter a matrícula aceita. Seu pai, o advogado e arquiteto José Paulo de
Soares, precisou recorrer à Justiça para conseguir uma liminar que permitisse
ao garoto frequentar a universidade à noite e a escola de manhã. A decisão só
saiu depois que ele convenceu o juiz de que o filho era superdotado.
Não foi difícil argumentar. Afinal, um menino
que começou a ler aos 3 anos de idade, escreveu um livro aos 9 e aos 11 desenvolveu
um programa de computador que dava prognósticos de turfe com 90% de acerto não
poderia mesmo ser normal. Assim, em 1988, Ricardo virou o mais jovem
universitário brasileiro. Quatro anos depois, entrou para o Livro Guiness dos
Recordes como o mais jovem advogado do mundo.
Aos 18, concluiu o mestrado em
Direito na renomadíssima universidade norte-americana Harvard, uma das maiores
concentrações de superdotados no planeta. E se tornou o mais jovem mestrando em
Ciências Jurídicas nos 362 anos de história daquela universidade. “Ele sempre
foi precoce em tudo”, disse à SUPER o pai coruja, dias antes de embarcar para
os Estados Unidos, onde a irmã de Ricardo, Marcelle, de 22 anos – que, aliás,
também é superdotada –, acaba de concluir o mestrado em Administração de
Empresas.
Hoje, aos 23 anos, casado e
com um filho, Ricardo é diretor jurídico de uma grande indústria de bebidas no
Rio e comanda funcionários com o dobro da sua idade. “Nunca me senti diferente
das outras pessoas. Só tive um pouco de visão”, minimiza. “Não acho que tenha
perdido a minha infância. Ao contrário. Dá até alívio chegar aonde cheguei, num
mercado tão competitivo.”
O desafio de educar os minigênios
Sexta-feira à tarde. Os alunos da 5ª série se
reúnem no laboratório. A aula: Mecatrônica e Circuitos Eletrônicos. A cena é um
tanto incomum para um Primeiro Grau. Mas essa não é uma 5ª série qualquer. É
uma turma de superdotados, que recebe educação diferenciada numa escola
particular de São Paulo.
“A superdotação é um potencial hereditário,
mas que só se realiza num ambiente propício. A falta de estímulo pode
bloqueá-la”, disse à SUPER a psicóloga Cristina Cupertino, coordenadora do
Programa de Orientação e Identificação do Talento do Colégio Objetivo. Segundo
ela, a escola comum é, muitas vezes, um estorvo para o desenvolvimento do
talento. Obrigado a seguir o mesmo programa dos colegas, o superdotado se
frustra. Ou, pior, nem sequer chega a descobrir para que servem suas
habilidades.
Por isso, é vital saber como
detectar uma criança-prodígio e ajudá-la a se desenvolver. É o que aconteceu,
numa escola de Brasília, com o garoto malaio Huat-Chye Lim, que aprendeu a ler
aos 2 anos de idade. Ao perceber que o aluno era diferente dos demais, a
diretoria da escola resolveu criar um programa especial, só para ele. No ano
passado, aos 14 anos, Huat-Chye ingressou no curso de Computação na seleta
Universidade de Stanford, nos Estados Unidos. Mas nem todo mundo tem a mesma
sorte. “Na população infantil brasileira, temos milhões de gênios em potencial”,
afirma o fisiologista Gilberto Xavier, professor da Universidade de São Paulo.
“Mas ninguém vai chegar lá cortando cana no campo.” Segundo a ABSD, apenas 2
470 superdotados têm atendimento especial no Brasil, em sete Estados. Os
principais programas estão em Brasília e em Lavras (MG), onde são atendidas
cerca de 700 crianças. Em Lavras, as aulas especiais do Centro para o
Desenvolvimento do Potencial e Talento (Cedet) são voltadas para as habilidades
específicas de cada criança. “A nossa preocupação é criar uma escola
desafiadora, onde o aluno não procure ‘aquela’ resposta certa, mas fique livre
para buscar as próprias soluções”, explica Zenita Guenther, do Cedet. Não é
preciso ser superdotado para perceber que aí está um exemplo que merece ser
seguido.
No foco de Hollywood
O pessimismo dos superdotados
em relação ao futuro da humanidade é tema freqüente de filmes de Hollywood. Em
Mentes que Brilham (foto), de 1992,o protagonista Fred Tate tem úlcera aos 7
anos, de tanto ler sobre guerras e catástrofes. Em Gênio Indomável, de 1997, o
prodígio Will Hunting, interpretado por Matt Damon, se recusa a trabalhar para
o governo norte-americano para não ter de desenvolver armamentos.
Minutinho brilhante
Os irmãos Tomás e Gustavo
Martins podem não ser Spielbergs, mas já conseguiram ao menos uma proeza como
cineastas. Em 1997, em São Paulo, eles venceram o Minutinho, categoria do
Festival Mundial do Minuto – que premia filmes com 1 minuto de duração – para
menores de 15 anos. “Como não sabíamos nada sobre cinema, resolvemos fazer um
filme sobre como fazer um filme”, conta Gustavo, 15. Os jurados adoraram. Mas a
dupla vai além das telas. Gustavo é escritor e já tem cinco livros infantis
publicados. Tomás, de 16 anos, é desenhista. Este ano eles apontam de novo a
câmera para o Festival do Minuto. Desta vez o de gente grande.
Entrevista com o Dr. Berrenda Fox (*) por Patricia Resch
O Dr. Berrenda Fox fornece evidências de
mudanças no DNA e nas células em seu artigo escrito por Patricia Resch. Dr. Fox provou, através de
exames de sangue, que algumas pessoas têm realmente desenvolvido novas
seqüências de DNA.
P.R.: Dr. Berrenda, conte-nos um pouco sobre sua experiência. B.F.: Eu sou doutorado em Fisiologia e Naturopatia. Durante meu treinamento na
Europa, também estive envolvido com a mídia, e ainda continuo, em filmes e
gerenciamento. Como você sabe, estou trabalhando com a Rede de Televisão Fox, a
fim de trazer um pouco de entendimento sobre o que
está acontecendo com a humanidade no momento atual.
P.R.: Quais são as mudanças que estão ocorrendo neste momento no planeta, e
como nossos corpos têm sido afetados?
B.F.: Existem grandes mudanças, mutações que não ocorriam, de acordo com
geneticistas, desde quando, supostamente, saímos da água.
Há alguns anos atrás, na cidade do México, houve uma convenção de
geneticistas de todo o mundo e o tópico principal foi a mudança no DNA.
Nós estamos fazendo uma mudança evolucionária, embora não saibamos em no que
vamos nos transformar.
P.R.: Como está mudando o nosso DNA?
B.F.: Todas as pessoas têm uma hélice dupla de DNA. O que estamos descobrindo é
que existem outras hélices que estão sendo formadas. Na hélice dupla, existem
duas sequências de DNA enroladas em uma espiral. Meu entendimento é o de que
iremos desenvolver doze hélices. Durante este tempo, que parece ter começado
talvez entre 5 e 20 anos atrás, temos sofrido uma mutação. Esta é a explicação
científica. É uma mutação da nossa espécie em algo para o qual o resultado
final ainda não é conhecido.
As mudanças não são conhecidas publicamente, porque a comunidade científica
sente que isso iria amedrontar a população. De qualquer forma, as pessoas estão
mudando a nível celular. Estou trabalhando atualmente com três crianças que
possuem três hélices de DNA. (O livro Surfista de Zuvuya - José Arguelles fala
sobre os 3 filamentos de DNA).
A maioria das pessoas sabe e sente isso. Muitas religiões têm falado sobre a
mudança e sabem que ela ocorrerá de diversas formas.
Nós sabemos que é uma mutação positiva mesmo que fisicamente,
mentalmente e emocionalmente possa ser mal compreendida e assustadora.
P.R.: Estas crianças
estão demonstrando alguma característica diferente de outras crianças?
B.F.: Estas são crianças que podem mover objetos através da sala apenas se
concentrando neles, ou podem preencher copos com água apenas ao olhá-los. Elas
são telepatas. Você quase pode considerá-las como parte angélicas ou
super-humanas, mas elas não são. Eu acho que elas são aquilo no qual estaremos
nos tornando durante as próximas décadas.
P.R.: Você acha que isso ocorrerá com todos nós?
B.R.: Parece que a maioria das pessoas, começaram alguma coisa para a geração
seguinte, dando a ela a capacidade de formar outra hélice durante seu tempo de
vida. Nossos sistemas imunológico e endócrino, são a maior evidência destas
mudanças. Esta é uma das razões pelas quais trabalho com pesquisas em testes
imunológicos e terapia.
Alguns adultos os quais testei já têm outra hélice de DNA em formação. Alguns
já estão em sua terceira hélice. Estas pessoas estão passando por uma série de
mudanças em suas consciências e corpos físicos, porque estas duas coisas são na
verdade uma só. Na minha opinião, a Terra e todos que aqui vivem, estão
aumentando sua própria vibração.
Muitas das crianças nascidas recentemente têm seus corpos magneticamente mais
brilhantes. Aqueles de nós que somos mais velhos, e que escolhemos mudar,
temos que passar por diversas alterações físicas.
P.R.: O que provoca mudanças em corpos nascidos com as duas sequências de DNA
normais?
B.F.: A maneira mais fácil de mutação em nosso DNA é através dos vírus.
Consequentemente, os vírus não são, necessariamente, maus.
Os vírus vivem unicamente em tecidos vivos. Vírus de DNA como Epstein
Barr e Herpes não alteram a estrutura celular. O retro virus HIV não é
um vírus
de DNA. Ao contrário de provocar mutações no corpo, na verdade, ele o
devora.
A maioria das pessoas que passa por este processo, como que ressurgindo do
outro lado, muda para uma nova profissão, uma nova forma de pensar, ou pelo
menos, inicia um novo modo de viver. Embora elas possam se sentir doentes,
cansadas, ou algumas vezes desesperançosas, isto é, na verdade, um dom. Foi
dada a elas a chance de mudar sua estrutura de DNA e seu corpo para um corpo
mais saudável e brilhante, que pode mantê-los na próxima geração. Os anjos que
têm sido vistos, são sinais de que estamos mudando. Eu entendo que temos até aproximadamente
o ano 2019 para completar este processo.
P.R.: Que outras mudanças podemos esperar?
B.F.: Não ocorrerão doenças, não precisaremos morrer. Seremos capazes de
aprender nossas lições não através do sofrimento, mas através de prazer e amor.
O sistema antigo desmoronou e isso não poderia ocorrer sem uma grande luta.
Então, nós temos guerras, várias formas médicas de cura não estão funcionando,
o governo não está agindo. Vários antigos paradigmas não podem mais existir,
embora lutando para manter-se, mas não há dúvidas de que tudo está mudando.
Aqueles de nós que escolheram viver neste momento são precursores de quase
praticamente uma nova espécie. É humana, embora estejamos ao mesmo tempo
manifestando o paraíso na Terra. Estamos recebendo ajuda divina extra e aprendendo a entrar em nosso íntimo. Quanto
mais sejamos capazes de entrar e de ouvir aquela voz silenciosa interior, mais
estaremos em sintonia com as mudanças que estão ocorrendo.
P.R.: Quais são alguns dos efeitos colaterais destas mudanças?
B.F.: Com uma mudança celular, você irá algumas vezes sentir como se você não
estivesse aqui. Você pode se sentir exausto, porque nós estamos literalmente
mudando células e nos tornando novos seres. Como um bebê, você pode necessitar
de muito descanso. Podem ocorrer sintomas como confusão mental e não ser capaz
de se concentrar em tarefas rotineiras, já que fomos programados para algo
maior. São comuns sofrimento e dores no corpo para os quais não haja nenhuma
causa específica.
Muitas pessoas sentem como se estivessem ficando loucas. Se estas pessoas forem
a um consultório médico ortodoxo, é bem provável que sejam medicadas com
Prozac, porque não saberão diagnosticá-las. É difícil para a profissão médica,
porque eles não estão habituados a lidar com o corpo energético. Porque os
chacras estão relacionados ao nosso sistema endócrino, as mulheres passarão por
mudanças hormonais. Poderão chorar sem saber porque, já que chorar libera
hormônios. Muitas mulheres passarão pela menopausa mais cedo porque estamos
acelerando.
Os homens poderão ficar muito frustrados com a exaustão já que estão tão
acostumados em serem ativos. Podem sentir seu lado feminino aflorar porque este
é o lado intuitivo. A terapia emocional que tem sido difundida nos últimos 20 a 30 anos vem se acelerando
com novas técnicas para estas mudanças. Nós estamos atualmente realizando um
grande trabalho emocional em um curto espaço de tempo que deveria, na verdade,
levar milhares de anos.
P.R.: Como você trata uma pessoa que está passando por estas mudanças?
B.F.: Eu abordo o assunto pelo ponto de vista de trabalhar cada pessoa
individualmente ao invés de tratar uma doença. "Doutor" em latim
significa educador. O único serviço efetivo que você pode realizar como um
verdadeiro curador é o de fortalecê-las com as ferramentas necessárias e lhes
reassegurar de que o que está acontecendo é real e de que elas podem se curar e
se libertar dos sintomas "negativos" enquanto se curam. Primeiro, eu
solicito um teste imunológico que não é realizado tradicionalmente. É um exame
de sangue laboratorial realizado através de uma especialidade avançada de
pesquisa em laboratório. Então, eu dou ao paciente as informações. É mais ou
menos como um mapa das mudanças, para que eles tenham o poder da própria cura.
Eu não sou o curador mas apenas um instrumento em seu processo de cura
individual. Ocorre um processo em cada pessoa quando olha para seu próprio
exame de sangue e que vê o seu mapa e o que está acontecendo em seu corpo, que
causa algo como um clique no subconsciente. A verdadeira chave é a de que a
pessoa toma a responsabilidade e faz o seu próprio trabalho.
O que eu uso como ferramentas não são comumente usadas. Eu uso várias Terapias
Orgânicas, que são um tratamento glandular vindo da Europa, para preparar o
sistema hormonal para aceitar as mudanças no DNA. Também uso homeopatia para
trabalhar no corpo energético, vitaminas, ervas e terapia a laser frio. A terapia depende inteiramente das necessidades
individuais.
Muito do que eu faço me foi passado por aqueles aos quais chamaria irmãs e
irmãos mais velhos que aqui estiveram antes de nós. Eles são de outros sistemas
solares de onde todos nós viemos para ajudar a este planeta nesta transição.
P.R.: Como você prevê a evolução de seu trabalho?
B.F.: Eu encaro meu trabalho como uma ponte ou transição. Ele é tanto
científico quanto artístico. Curar é uma arte e uma ciência.
Usar apenas a ciência ou apenas a arte não é suficiente para uma cura completa.
Eu não acho que serei um curador durante toda a minha vida porque acredito que
as doenças serão eliminadas. Nós, como pessoas conscientes, iremos eliminar as
doenças e sofrimentos.
(*) O Dr. Berrenda Fox, Pesquisador e Doutor em Naturopatia e Fisiologia, é omédico holísticodoWellness CenterAvalonem MountShasta, na Califórnia. A ClínicaAvalonrepresentaa re-emergênciado ideal decura, tal como seria praticada em sua forma originalna mítica ilha deAvalon. Ele é também um dos responsáveis pela rede de TV Fox News.
Traduzido por Linda Wurts
Fontes: http://descubreaquehasvenido.blogspot.com/
http://www.despertardivino.cl/aspbb/Shauds/viewinfo.asp?msgID=4948